Salete (Maria Feitosa Barbosa) e Oscar Alves Barbosa (2011)

VIDA MAIS SAUDÁVEL PARA SALETE E SUA FAMÍLIA

Maria Feitosa Barbosa é conhecida por Salete em toda região. Ela mora na comunidade Barreiro do Espinheiro, no Município de Campo Alegre de Lourdes, no estado da Bahia. Salete tem 43 anos e é casada com Oscar Alves Barbosa. Tem 5 filhos – Cláudio, Donizete, Cláudia, Danúbio e Priscila. É avó de Raissa, Adriele, João Miguel, Davi e Pedro Henrique. Foi diretora sindical por dois mandatos, até 2009, e foi Secretária de Segurança Alimentar e Nutricional – SAN. Desenvolve trabalho como “Socorrista” (Primeiros Socorros) pela Paróquia na comunidade, além de fazer preparação para batizados e casamentos.

O trabalho com quintais agroecológicos começou com seu irmão Júlio Feitosa foi convidado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais para fazer um curso de caprinocultura no IRPAA (instituto regional da Pequena Agricultura Apropriada) em Juazeiro/BA. Ao retornar fez o plano de água para avaliar o consumo de água da família e dos animais.

Em seguida o SASOP foi desenvolver o Diagnóstico Rápido e Participativo (DRPA), mostrando as fragilidades e potencialidades da comunidade. Nesse mesmo período, realizou o diagnóstico nutricional. A partir destes diagnósticos a agricultura passou a trabalhar o seu quintal com plantio de novas sementes: girassol, sorgo, milheto, amendoim, melancia de cavalo, entrre outras.

Em 2004 o SASOP apoiou a comunidade com a estruturação de 24 quintais. Com a chegada das cisternas de água para produção de 16 mil litros, as famílias se incentivaram para cuidar mais dos quintais, hortas e canteiros.

No quintal de Salete tem laranja, manga, caju, banana, umbu, tangerina, goiaba, pinha, acerola e mamão. No período da safra do umbu, goiaba e acerola, ela guarda a polpa dessas frutas, principalmente do umbu que a safra acontece no inicio do ano. Desta forma, ela consegue ter durante todo ano a polpa das frutas para o preparo de sucos, doces e geléias.

A principal renda da família vem do trabalho desenvolvido pelo seu esposo Oscar, como pedreiro na construção de cisternas. Depois é a apicultura que, além de ser um alimento nutritivo, tem gerado mais renda. E a terceira atividade importante é a roça e a criação de galinha, que serve para o consumo da família e atende a demanda de proteína animal (carne e ovos).

Aprendizado com os remédios caseiros

No quintal a família também tem plantas que são utilizadas para fazer remédios caseiros, como alecrim, hortelã, malvão, erva cidreira e mastruz. Com isso, evita comprar remédios de farmácia. Salete acredita mais nos remédios caseiros, pois são bem melhores para a saúde. A mesma sabe preparar chá, tinturas que serve para cicatrização e garrafadas que tem a função da dipirona.

O fato de ter participado de cursos e oficinas promovidos pelo o SASOP e a Paróquia de Campo Alegre de Lourdes, ela percebe que estas atividades contribuíram para aumentar seu conhecimento nos preparos dos alimentos, e para melhorar a sua saúde e de sua família. Ela tinha anemia e ficou boa comendo folha seca da mandioca, cozinhada no arroz ou feijão. O tratamento fez durante um mês, mas até hoje faz porque acha gostoso. Salete diz que aprendeu a aproveitar melhor os alimentos e que sua família passou a ter uma alimentação mais enriquecida.

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